Você conhece a história do abacaxi? Joel Jota (@joeljota) trouxe essa mensagem durante sua live diária às 6h da manhã, quando falou sobre as 10 habilidades que as empresas mais valorizam e as 6 maiores deficiências técnicas dos profissionais, fazendo um link de quando foi contratado pelo Instituto Neymar.
Leia agora a história a seguir e vamos pensar juntos sobre o que ela nos ensina no mundo corporativo.
A história do Abacaxi
Um funcionário com muitos anos de empresa estava irritado porque um jovem contratado havia pouco tempo foi indicado pelo patrão para uma vaga à qual o antigo empregado pleiteava. Essa vaga implicaria em aumento salarial e responsabilidades equivalentes.
Um belo dia, ele procura o dono da empresa para fazer essa reclamação:
João: Patrão, tenho trabalhado durante estes 20 anos em sua empresa com toda a dedicação, só que me sinto um tanto injustiçado. O Juca, que está conosco há somente um ano, está ganhando mais do que eu e foi promovido para um cargo superior ao meu.
Patrão: João, foi muito bom você vir aqui. Antes de tocarmos neste assunto, tenho um problema para resolver e gostaria de sua ajuda. Estou querendo dar frutas como sobremesa ao nosso pessoal após o almoço. Aqui na esquina tem uma quitanda. Por favor, vá até lá e verifique se eles têm abacaxi.
A contragosto e até um tanto indignado pelo estranho pedido, o funcionário foi e voltou quase uma hora depois, pois havia aproveitado para fumar, tomar café na padaria da esquina e conversar com conhecidos que passavam.
Retornando ele falou ao patrão:
|.| Verifiquei como o senhor mandou. O moço tem abacaxi.
|.| E quanto custa?
|.| Isso eu não perguntei, não.
|.| Eles têm quantidade suficiente para atender a todos os funcionários?
|.| Isso também eu não perguntei.
|.| Há alguma outra fruta que possa substituir o abacaxi?
|.| Não sei, não?
|.|Já entregam descascado e cortado?
|.| Não sei informar.
|.| Muito bem, João. Sente-se ali naquela cadeira e aguarde um pouco.
O patrão pegou o telefone e mandou chamar Juca, o funcionário que estava na empresa a pouco mais de um ano. Deu a ele a mesma orientação que dera a João:
|.| Juca, estou querendo dar frutas como sobremesa ao nosso pessoal após o almoço. Aqui na esquina tem uma quitanda. Vá até lá e verifique se eles têm abacaxi, por favor.
Juca partiu para cumprir a missão e, em oito minutos, voltou.
Ao chegar na sala do patrão, Juca fala:
|.| Eles têm abacaxi, sim, e em quantidade suficiente para atender todo nosso pessoal. Se o senhor preferir tem também laranja, banana e mamão. O abacaxi é vendido a R$5,50 cada, a banana e o mamão a R$1,00 o quilo, o melão R$4,20 a unidade e a laranja R$20,00 o cento. As frutas já pedi descascadas e picadas para facilitar e evitar desperdício. Como eu disse que a compra seria grande, eles me deram 15% de desconto. Aí, aproveitei e já deixei reservado. Conforme o senhor decidir, volto lá e confirmo?
Agradecendo as informações o patrão dispensou-o. Esperou ele se retirar da sala, voltou-se para João que permanecia sentado ali e perguntou-lhe:
|.| João, o que foi mesmo que você estava me dizendo?
|.| Nada sério, não, patrão. Esqueça. Com licença.
E João deixou a sala.”
O que aprendemos com a história do abacaxi?
A história do abacaxi nos ensina algumas lições valiosas. Uma delas é a importância da iniciativa e da proatividade no ambiente de trabalho. Enquanto o funcionário antigo ficou irritado e reclamou do aumento do jovem contratado, o novo funcionário mostrou proatividade ao cumprir a tarefa que lhe foi solicitada pelo patrão e ainda ofereceu informações adicionais, que podem ser úteis para a empresa.
Além disso, a história também destaca a importância da comunicação clara e precisa. O patrão deu a mesma tarefa a ambos os funcionários, mas Juca foi mais eficiente e eficaz em sua execução, porque fez as perguntas certas para obter as informações necessárias. Isso é importante porque a falta de comunicação clara e precisa pode levar a mal-entendidos, erros e retrabalho, ocasionando a chamada produtividade inútil. Quando o indivíduo vai lá e faz algo, pelo simples fato de cumprir ordens, mas isso não vai resolver o problema, e pior, vai ocupar mais tempo do profissional que terá que refazer a atividade.
Do mesmo modo, aos funcionários não devem apenas cumprir ordens, mas também devem estar dispostos a resolver problemas e encontrar soluções criativas para desafios no trabalho. Isso pode envolver tomar iniciativa, pensar fora da caixa e buscar feedback constante para melhorar o desempenho. Os funcionários que são proativos e buscam resolver problemas geralmente são muito valorizados pelos empregadores e têm mais oportunidades de crescimento na carreira. A diferença entre Juca e João é nítida. Entregar muito mais do que foi solicitado.
Por fim, a história também mostra a importância da humildade e da disposição para aprender. Quando o patrão pediu ajuda para resolver um problema aparentemente simples, João ficou ressentido e desanimado, enquanto Juca aproveitou a oportunidade para se destacar e mostrar suas habilidades. É importante lembrar que sempre há algo novo a aprender e que devemos estar abertos a novas oportunidades e desafios.
Os 5 Desafios das equipe
Essa história também me fez lembrar o livro que recentemente li “Os 5 Desafios das Equipes” (em inglês, “The Five Dysfunctions of a Team”) de Patrick Lencioni. A obra aborda os principais obstáculos que as equipes enfrentam para alcançar alta performance e como superá-los. Com uma leitura envolvente, em formato de diálogo mesmo, apresenta esses desafios por meio de uma história fictícia sobre uma empresa em crise e como sua nova CEO trabalha com sua equipe para superar esses obstáculos. Além disso, fornece orientações práticas para os líderes das equipes implementarem mudanças e superarem esses desafios.
Os cinco desafios abordados pelo livro são:
Ausência de confiança: A falta de confiança é o primeiro obstáculo que as equipes precisam superar. Isso pode ocorrer quando os membros da equipe não se conhecem bem o suficiente ou não se sentem confortáveis para serem vulneráveis e expor suas fraquezas. A ausência de confiança pode levar a um ambiente de trabalho tóxico e à falta de comprometimento da equipe com as metas.
Medo do conflito: O medo do conflito é um grande problema em muitas equipes. Quando os membros evitam discordâncias, divergências e debates construtivos, as ideias não são desafiadas e a qualidade das decisões é comprometida. A falta de conflito pode levar à mediocridade e à falta de inovação.
Falta de comprometimento: Quando os membros da equipe não estão comprometidos com as decisões tomadas ou não se sentem responsáveis pelas ações da equipe, o resultado é a falta de alinhamento e de sinergia. O comprometimento é essencial para a execução das ações e para a obtenção de resultados.
Evitação de responsabilidade: Quando os membros da equipe evitam assumir responsabilidades ou culpam os outros pelos problemas, a equipe perde a confiança e a credibilidade. A evitação da responsabilidade pode levar a um clima de desconfiança e ao não cumprimento das metas.
Falta de atenção aos resultados: Quando os membros da equipe estão mais preocupados com seus interesses pessoais do que com os resultados da equipe, a sinergia é comprometida e a eficácia é reduzida. A falta de atenção aos resultados pode levar a uma cultura de mediocridade e à perda de oportunidades de crescimento e sucesso.
Agora que você conhece a história do abacaxi e a dica do livro para resolver os problemas das equipes, me conta: Você é que tipo de profissional? Como gestor, quais funcionários você está reconhecendo e valorizando?
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